No Brasil, a uva foi trazida por Martim Afonso de Souza, em 1532, na Capitania São Vicente, mas não vingou devido às desfavoráveis condições climáticas. Retornou mais tarde pelas mãos dos jesuítas e seu plantio foi novamente experimentado na região das Missões, no Rio Grande do Sul, mas também não deu certo.
Os colonos italianos receberam áreas de terras menores que os alemães (chegaram antes em 1830), 25 ha em média contra 77 ha no início do século,, situadas em terreno íngreme da Serra. Além disso, não receberam a ajuda financeira, de alimentos e equipamentos e de insumos agrícolas que lhes tinha sido prometida. Também não foi possível iniciar imediatamente o plantio, pois era preciso desmatar os lotes. Em conseqüência disso, a fome e as doenças grassaram entre os imigrantes que muitas vezes se alimentavam apenas de passarinhos e pinhões (fruto da Araucária, árvore símbolo da região). As dificuldades eram tantas que, em 1874, somente 74 pessoas viviam nos 19 lotes cultivados de Conde dÉu.
Embora a colonização italiana tenha efetivamente ocorrido a partir de 1872, a data oficial de seu início é 27 de outubro de 1875, ano em que a responsabilidade pela colonização passou da Província para o Governo Imperial. Reorganizada a colonização italiana, ela se desenvolveu no final do século XIX e até o inicio da Primeira Guerra Mundial, em 1914. Entre 1875 e 1914, chegaram ao Rio Grande de 80 a 100 mil italianos.
Depois da chegada dos imigrantes italianos, muitas cidades e 230 vilas foram criadas e muitas parreiras foram plantadas, modificando, definitivamente, as paisagens serranas e frias do Rio Grande do Sul. Destacam-se os municípios de Flores da Cunha, Bento Gonçalves, Garibaldi, Santana do Livramento e Caxias do Sul como grandes produtores de vinhos de qualidade.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
raphaelvao@bol.com.br